A QUINTA

A Quinta do Montinho, quinta com Solar do século XVIII, pertence a uma família minhota com profundas raízes na produção agrícola, desde o tempo da instalação dos monges de Cluny no século XIII. O domínio Filipino (Reis de Espanha 1580-1640) e a organização dos artigos paroquiais permitiu recuar até 1621, em que antepassados desta família são referenciados como proprietários agrícolas.

O Solar é de arquitetura barroca, construído em pedra de granito da região. O edifício principal dispõe de um primeiro piso com os aposentos familiares, que a Norte dão acesso a uma zona verde de lazer com vistas fantásticas. A Sul temos a entrada da quinta, um pátio central com uma capela e um pequeno núcleo com instrumentos agrícolas antigos. O acesso ao edifício é feito pela imponente escadaria em granito. No rés-do-chão temos os espaços reservados para a adega tradicional. Nos edifícios anexos está o lagar de pedra e o alambique, cuja existência tem uma importância histórica e turística. Em zona contígua existe o típico espigueiro, as cavalariças, o celeiro e a eira.

No século XIX o solar serviu de refúgio a uma figura histórica do movimento liberal, Marechal Saldanha, um oficial do Exército Português, diplomata e um dos políticos dominantes do século XIX em Portugal, com uma carreira política que se iniciou na Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) e só terminou com a sua morte em 1876. A sua longa carreira política, e os cargos de relevo que exerceu, fizeram dele o mais importante homem de estado do período da monarquia constitucional portuguesa, influenciando de forma substancial o rumo dos acontecimentos políticos em Portugal ao longo de meio século.